Santiago do Cacém
Jardim da Tapada do Palácio dos Conde de Avillez
A Tapada dos Condes de Avillez é um espaço verde qualificado recentemente pela Câmara Municipal como jardim público de recreio e lazer, ficando situada na zona nobre da Cidade de Santiago do Cacém: o Centro Histórico.
Muito provavelmente a Tapada foi projetada e iniciada antes de 1901, e entre esta data e os primeiros anos da década de 20, a condessa D. Maria Carolina (viúva do 3.º conde, de Avillez) desenvolveu a criação da Tapada na parte poente do palácio, entre este e a muralha da barbacã do Castelo.
Pensada inicialmente como um jardim botânico de inspiração romântica, a Tapada inclui vários edifícios recuperados, sendo limitado por uma muralha ameada (na continuação da Barbacã). A Tapada tem na antiga Porta da Vila (localizada na barbacã do castelo), a sua entrada principal. A Capela de S. Jorge, cuja construção data de 1902, foi edificada em memória dos 3.º e 4.º condes de Avillez, procurando criar a imagem de uma pequena catedral. Frente à capela desenvolve-se o terraço sobre o pátio e telhados do palácio, resguardado por gradeamento de arcadas neogóticas, enquanto, atrás do edifício, se encontra uma clareira, antecedendo o túmulo do Bem Mirado, cavalo preferido do 4.º conde, que morreu de velho na década de 1920. A norte da capela fica o Jardim das Aromáticas, onde ainda se pode ver um antigo caneiro de rega, bem como um pequeno fontanário com tanque e o poço / cisterna de bocal quadrangular, assente em sólidas arcadas de cantaria. Mais acima, neste lado do recinto, pode ver-se o que resta da Estufa Neogótica. A sul da capela encontra-se a Casa de Chá, podendo observar na sua fachada principal orientada a nascente um portal possivelmente manuelino.
Horário: abril a setembro das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 18h00 – outubro a março 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. Encerra segundas e terças-feiras, Páscoa, Natal e Ano Novo
Parque Urbano do Rio da Figueira
Antiga quinta senhorial do Capitão-mor J.J. Salema de Andrade Guerreiro de Aboim, foi por este legado aos 2.º Condes de Avillez, tornando-se já no final do século XX propriedade do Município.Este espaço foi objeto de um estudo municipal que o tornou num parque urbano. Constitui um dos bons exemplos de integração de uma estrutura verde num aglomerado urbano.
Nesta zona verde de ocupação dos tempos livres e de lazer pode desfrutar-se de um contacto direto com a Natureza e com o prazer que ela nos oferece. Possui diversas infraestruturas desportivas (tanques de natação, circuito de manutenção, campos de jogos: voleibol, basquetebol, andebol e badmínton), e constitui um notável exemplo de valorização, reconstituição e defesa do património arquitetónico e natural.
O complexo das Piscinas Municipais enquadra-se nesse espaço. O seu jardim, parque infantil e parque de merendas constituem um autêntico pulmão verde para quem os frequenta, atraindo anualmente centenas de pessoas para desfrutarem deste magnífico espaço natural.
A dinâmica de valorização de espaços verdes e de lazer tem vindo a ser levada a cabo pela Câmara Municipal de Santiago do Cacém com o intuito de beneficiar e preencher de forma saudável os tempos livres de munícipes e visitantes.
Aberto todo o ano
Quinta dos Olhos Bolidos
A Quinta dos Olhos Bolidos situa-se na freguesia de Santa Cruz e data do século XVIII. É uma antiga quinta senhorial que pertenceu ao bispo de Nanquim e ao seu sobrinho Frei Bernardo Falcão Murzello (o autor das “Memórias da Antiga Miróbriga”). O seu nome advém da grande abundância de água, os «olhos de água», que suportam um extenso sistema de rega que alimenta fontes, cascatas, repuxo e tanques, nos jardins formais e dos pomares. O edifício principal apesar da sua antiguidade, não possui elementos que o evidenciem. Os grandes destaques da quinta são os jardins e os pomares, estruturados e sujeitos a uma composição espacial que relaciona os seus principais elementos e zonas funcionais. Classificado como Monumento de Interesse Público e Fixada Zona de Proteção Especial.
São Bartolomeu da Serra
Monte das Relvas
Propriedade do Capitão-mor de Santiago do Cacém J.J. Salema de Andrade Guerreiro de Aboim, deve ter sido construído, ou ampliado, no princípio do século XIX. Na verdade, o portal que franqueia a entrada da construção, com as suas urnas e o seu frontão embelezado com volutas e aletas, assemelha-se em tudo à gramática decorativa da empena lateral esquerda do seu palácio de Santiago do Cacém, também ele terminado no princípio da mesma centúria. Junto do mesmo encontra-se um moinho de vento atualmente abandonado, realizado com recurso a cantarias muito bem lavradas pouco habituais neste tipo de construção. No portal de entrada encontra-se uma cartela com a data de 1833, como que a assinalar o fim da guerra entre D. Pedro e D. Miguel.
Cercal do Alentejo
Quinta da Mandorelha
A notícia mais antiga sobre a quinta surge na visitação realizada pela Ordem de Santiago à comenda do Cercal, no ano de 1492. Durante os séculos XVIII, XIX e XX a quinta recebeu melhoramentos significativos, dos quais se destacam a construção de uma Casa de Fresco, do género de um baluarte, uma barragem para recreio fluvial, a fonte de Santo António e um moinho de água, que é hoje designado por Casa das Heras.
De uma época muito mais antiga, provavelmente do período romano e ligada à mineração dos montes do Cercal, data uma outra barragem existente na quinta, esta última de menores dimensões embora aparelhada com boa silharia.